segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A menina que roubava livros - 2


EIS UM PEQUENO FATO
Você vai morrer.

Com absoluta sinceridade, tento ser otimista a respeito de todo esse assunto, embora a maioria das pessoas sinta-se impedida de acreditar em mim, sejam quais forem meus protestos. Por favor, confie em mim. Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo.

reação ao fato supracitado
Isso preocupa você?
Insisto  não tenha medo.
Sou tudo, menos injusta.


 É claro, uma apresentação.
Um começo.
Onde estão meus bons modos?
Eu poderia me apresentar apropriadamente, mas, na verdade, isso não é necessário. Você me conhecerá o suficiente e bem depressa, dependendo de uma gama diversificada de variáveis. Basta dizer que, em algum ponto do tempo, eu me erguerei sobre você, com toda a cordialidade possível. Sua alma estará em meus braços. Haverá uma cor pousada em meu ombro. E levarei você embora gentilmente.
Nesse momento, você estará deitado(a). (Raras vezes encontro pessoas de pé.) Estará solidificado(a) em seu corpo. Talvez haja uma descoberta; um grito pingará pelo ar. O único som que ouvirei depois disso será minha própria respiração, além do som do cheiro de meus passos.
A pergunta é: qual será a cor de tudo nesse momento em que eu chegar para buscar você? Que dirá o céu?
Pessoalmente, gosto do céu cor de chocolate. Chocolate escuro, bem escuro. As pessoas dizem que ele condiz comigo. Mas procuro gostar de todas as cores que vejo - o espectro inteiro. Um bilhão de sabores, mais ou menos, nenhum deles exatamente igual, e um céu para chupar devagarinho. Tira a contundência da tensão. Ajuda-me a relaxar.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Dos Três Mal Amados

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato
O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço
O amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome
O amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas, 
O amor comeu metros e metros de gravatas
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos
O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte

http://www.youtube.com/watch?v=0ibBmsBRxEU

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Três Metros Acima do Céu

"— Step… Estou com outro.
Fica em silêncio, sentindo o golpe como nenhum outro que já recebera, ferido mais do que por mil socos, mil cabeçadas na cara, mil pontapés no estômago. Mais machucado do que por mordidas, arranhões e facadas. Então, com imenso esforço corre atrás da própria voz, encontra-a lá no fundo do coração e a força a sair, controlada.
— Desejo que você seja feliz.
"


- Três Metros Acima do Céu (livro)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Frases


'Você meio que começa a pensar que tudo é possível se você tiver nervos suficientes.'
JK Rowling

'Que importam os anos? O que importa mesmo é comprovar que afinal de contas a melhor idade da vida é estar vivo.'
- Quino, criador da Mafalda

'Algumas pessoas procuram os padres; outras a poesia; eu os meus amigos.'
- Virginia Woolf

'Imensos recursos intelectuais não vão protegê-lo de erros emocionais.' 
- JK Rowling

terça-feira, 22 de janeiro de 2013


"Mas há a vida
que é para ser
intensamente vivida,
há o amor.
Que tem que ser vivido
até a última gota.
Sem nenhum medo.
Não mata".

- Clarice Lispector



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Martha Medeiros


"Tive um vizinho que gritava com a namorada ao telefone, sem se importar que o prédio inteiro ouvisse: “Não sei o que fazer! Fico mal contigo e fico mal sentigo!”. Sempre achei essa situação desoladora, e nem estou falando do português do sujeito. É duro ter apenas duas  alternativas (ficar ou ir embora) e ambas serem terríveis.“
- Martha Medeiros.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O Monge e o Executivo

"Quando optamos por amar e doar-nos aos outros, estamos aceitando ser pacientes, bons, humildes, respeitosos, abnegados, generosos, honestos e comprometidos. Estes comportamentos exigirão que nos coloquemos a serviço dos outros e nos sacrifiquemos por eles. Talvez tenhamos que sacrificar nosso ego ou até mesmo nosso mau humor em determinados momentos. Talvez tenhamos que sacrificar nosso desejo de explodir com alguém em vez de ser apenas firmes. Talvez tenhamos que nos sacrificar para amar e nos doar a pessoas que nem mesmo apreciamos "

- O Monge e o Executivo (J.C. Hunter)